sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Da infância que não volta [Ainda bem]

Fico angustiada quando começam a conversar sobre a infância. Brincadeiras, desenhos animados, sonhos infantis. Coisas das quais não vivi, ou, pelo menos, não lembro.

Acho que amadureci cedo. Ouvia música demais, tinha convicções demais, problemas demais. E, hoje, me parece que enquanto não pude tomar minhas próprias decisões, a vida não valeu.


Pra se ter uma idéia, desde pequena trago comigo a opinião de que a única coisa que cabe aos seres humanos é ajudar a construir um mundo melhor. Parece mesmo coisa de criança, se não fosse a seriedade com a qual eu lidava com isso.


Pesquisava sobre outros planetas, acreditando piedosamente que havia lá a resposta para a pergunta da professora de religião: “De onde viemos?”. Bom, não foi nas enciclopédias da minha casa que encontrei a resposta.


Entreguei a redação com uma semana de atraso, mas me senti o ser mais inteligente do mundo: “Não importa de onde viemos, o que importa é o que faremos para melhorar o lugar onde vivemos”. [Aplausos, por favor. Eu tinha oito anos].



Bem, pelo menos, não li as enciclopédias em vão. Lendo, cheguei a conclusão de que nós precisamos de determinadas coisas para sobreviver, mas que pode existir outros seres que precisem de outras coisas. [Aplausos, por favor. Eu tinha oito anos].


Pensei que eu fosse um gênio, e que tinham que me dar algum prêmio Nobel por causa disso. Cresci e descobri que não fui a primeira a ter esse entendimento [nem entre as mil primeiras], mas ainda uso esse mesmo raciocínio pra defender a vida fora da Terra.


Fico me perguntando: Se eu tivesse tido uma infância normal, eu seria uma adulta normal? A resposta é que não sei. Hoje em dia, me pego brincando de Stop e de Pisa-pé. Talvez porque eu tenha aprendido algo que eu não soube durante minha infância:


“Brincar é condição fundamental para ser sério”

5 comentários:

  1. linda demais *-*

    minha gênia (L)

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  5. - Corrigindo os posts que apaguei acima.




    Quem impõe o que um normal faz? Quem diz: "Eu sou normal" [?], Quem pode te julgar como louco?

    Fato é que ninguém sabe o que é ser normal, como disse o bom, velho e ÚNICO Bob Marley;

    "Loucos não somos nós, loucos são os que vivem na paranóia de serem normais".

    Amo minha vida, você faz parte de minha vida.

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